Três autores destacados moçambicanos, Mia Couto, Pauliane Chiziane ja Ungulani Ba Ka Khossa publicaram, há mais de uma semana atrás, uma carta aberta para o Alfonso Dhlakama (imagem dele aqui), líder do Renamo, o maior partido da oposição (Savana 16/12/2011). Seguindo esses escritores, o Dhlakama não deveria fazer política pela disseminação do medo da violência.
Tudo está tranquilo nas ruas do Maputo no 30/12/2011. |
Uma volta de perguntas entre meus conhecidos confirmou, o que já tinha percebido nas ruas do Maputo. Tudo está tranquilo nas ruas, e não se vê qualquer indicação de abalo da paz pública. Os autocarros “chapas” como sempre. Um colega meu, artista plástico, soltou uma risada: “Eu não ouvi nada disso! Sempre ele faz o mesmo barulho. Só que ninguém escuta.” Outro colega no Centro dos Estudos Africanos reagiu quase da mesma maneira, rindo. Nem meu companheira de apartamento, que trabalha na Unesco, tinha lido nada sobre isso no folhetim das Nações Unidas, que avisa de qualquer coisa fora do normal. Parece mesmo que as falas do Dhlakama passaram por uma hiper-inflação. Maputo é, como o resto do mundo, capaz de apresentar grandes manifestações políticas daqui para frente, mas dificílmente por causa do Dhlakama.
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